Perto. Ou longe. Na verdade não tinha lugar. Um aquilo. Um que sem nome. Na verdade não tinha um nada.
Ver. Ou pensar. Uma vareta de coisas plausíveis. Pausa ou sonda. Uma nota a dizer que vibra.
Caos. Ou cacos. Mês captar da vida. Venta ou não. Tudo é uma paragem uma miragem uma visagem uma paisagem um desconcertante avesso do onde se encontra do onde se é.
É o começo. É o sem pé. O que não cessa. O que advém. Olho e promessa. O que é que vem.
Balões são membranas que encapsulam o ar. Mas eu ainda queria falar de pessoas. Pessoas são balões que encapsulam o ar. Pessoas encapsulam o sangue a linfa o quilo e seja lá o que for pra dizer partícula o que fimbra o que linka o que será querá.
Pessoas são paisagens ocupadas em ver. São imagens instaurando o desconcerto a miragem a visagem a paisagem a paisagem tantas tantas tantas linhas estradas e toda a animália que fica de fora nos vendo circundar.
Pessoas são bactérias que de tão taludas se parecem com pessoas. Pessoas são pessoas e todo o sentido do que é que venha a ser isso.
Pessoas são buracos cavados no memento instante. Umas palavras escritas atrás das outras.
(extraído do livro "um mundo outro mundo".)