não é poesia. não é prosa. não é literatura. não é filosofia. texto. palavra. traço. ponto a linha. entrelinha.
domingo, 31 de agosto de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
semente
Soltar as mãos do futuro.
Desprender-se do passado.
Ser a semente tardia. Turgivoraz.
Turbilhonante que não se exaure no movimento e que se expande. Ser o que fica
sempre implícito. Ser o que é sempre tomado como equívoco. O que não diz a que
veio porque não aqui veio a nada que se diga veio.
Ser a semente que se implica, sem
necessariamente ser um corpo ainda que se exponha por meio do corpo. Ser a
semente complexa que não aumenta em volume mas torna tudo a vertigem da
matéria.
Ser a semente que se expressa no que
chamam o ainda sem nome no que se convoca no ainda sem rumo no que já morde e
não se dissimula.
Ser a semente do que tomam como sendo
sempre o obscuro.
(extraído do livro "onde houver vida a vida haverá de vingar".)
terça-feira, 26 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
ritmo
Sigo ser
dessa vida vaga de quem vai no ritmo. Um ritmo caudaloso viscoso esmero de quem
vai no ritmo. Um ritmo de quem respira sabe que respira onde respira com que
parte do corpo respira. Um ritmo ritmo que ritma e insta o pouco saber um quase
que só reconhecer.
Mas me
perco sobre sempre. E sigo ser dessa vida vaga de quem vai no ritmo. E do ritmo alavanca arranca motor de ataque
clave contraclaque que instaura a respiração de um que vai de um que vem de um que
não tem por onde acaba que pressagia a presença de um não invocado ritmo. Respiração
rumor de células rumor de rastros rumor de rasgos largos.
Sigo ser
dessa vida vasta de quem cai - de quem sai – de quem vai sempre ser um que sai do
ritmo.
(extraído do livro "um a um - os poros da paisagem pólen".)
sábado, 23 de agosto de 2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
esta outra esfera
Densidade próxima. Atmosfera híbrida.
Umidade filigranar. Temperatura sísmica. Módulo lunar interestelar nave sal
decibéis. Ventos na velocidade de mais de mil e quinhentos pés. Gravitação.
Pressão do átomo do mol de molécula. Camada intervalar. Tudo tudo tudo é
matéria. E no entorno ata com outra esfera quimera o que diria ser outra
dimensão. Algo que se entranha dentro de toda clave e que só toca quem
dedilhado está desde o tendão desde o tecido desde a mais elementar das
falanges.
extraído do livro "onde houver vida a vida haverá de vingar".
domingo, 17 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
doppler
Arrancar
a tinta dos futuros. Comer por todas as beiras. Gelado ou frio o que por fim
chegue mais oposto ao calor que corre nas veias. Ser frente infértil coleando
pelo solo. Galope da madeira escurecida do piso. Ventar colchetes. Estropiar
pelo esperanto pelo latim. Não fazer da língua algo propício ao discurso do
outro em mim. Ser o vértice o verdugo a vergastada o pior local para um juízo.
Aqui doppler ocupado contraste em viés e ácido que escapa do tudo aquilo que se
ergue do que ignoro de mim do outro e da sombra.
domingo, 3 de agosto de 2014
vento
Venta. Isso se vê pelas árvores que
cedem, dobram as copas, balançam as folhas. Venta. Mas tudo pode estar do outro
lado. No ar não há mais nada além do deslocamento dele – vento. Deslocamento
que diz dele, ar, e das coisas que lhe estão no caminho.
Esse não é o meu caso. Não estou no
caminho do vento. Estou do outro lado. E ir assim de encontro ao opaco das
coisas é uma avalanche.
Venta. Isso se vê pelas copas dobradas
pelas folhas ao contrário. Isso se vê. Mas o que venta não vê – passa,
ultrapassa, dobra arrasta. Num movimento sem origem. Deslocamento que não é de
ser. Verbo inflexionado no infinitivo sem substantivo.
Vento. Dizê-lo assim inventa um falso
quem. Diz vento como se houvesse alguém a conjugar e não um só estado de
ventar.
(extraído do livro "onde houver vida a vida haverá de vingar".)
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