não é poesia. não é prosa. não é literatura. não é filosofia. texto. palavra. traço. ponto a linha. entrelinha.
terça-feira, 31 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
o do nada
Eu não. Eu estou na prisão desse lado.
Entre a beira e a margem do outro lado do que seja a estrada. O que nem chega
perto da viagem. O que nunca passou disso. O só daqui. Desse jeito. O que não
tem que dizer. O que não pode mudar. O que aqui é só o que se viu sempre esse
modo de estar.
Eu sou daqui desse lado. O do pequeno.
O do sem coragem. O que nem chega a pensar que disso se possa falar. Eu não. Eu
sou daqui desse canto pequeno. Desse nenhum lado. Desse neutro que nem luz do
dia ou lua de noite faz diferença. O que nem lume de vela ou de querosene faz
diferença. O que da caneca ou do copo o que quer é o pequeno do gole. O que não
quer pra nada além disso pode. O que é pequeno. O que nem chega a ser direito.
O que no esquisito da tarde acaba que se consuma e que não chega nunca. O que
não o que nunca. O que de modo algum. O que é tão restrito resíduo do mais
ínfimo pó do nenhum da quirera quebra do dente da semente. Nem casca nem miolo.
O pedaço que se restringe ao limite da mão ao limite da pele ao limite do dedo
ao limite que dizem que é pra gente ter. Eu aquele que cumpre o destino de ser a
quina quebrada da nenhuma ponte do nenhum horizonte do que não olha longe ou do
que olha e ainda assim o maior que vê é o mínimo do nada.
(extraído do 'livro' "onde houver vida a vida haverá de vingar".)
quarta-feira, 11 de maio de 2016
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