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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

de onde quer que se esteja



Aqui era a pé que a gente ia. Nesse caminho. Por essa via. Aqui era com medo que se seguia. O coração a medo. A solidão. A noite funda e o inferno de sempre ser com agonia. Aqui. Era por aqui que se seguia. A mesma via. Eira sem beira. Abismo tal que se expande até ocupar a outra fronteira. Aqui era sempre que se detinha. Outra vivência de que por um sim ou por um não qualquer que seja se constrói o lado do outro lado de um novo lado de onde não se pode ver ainda de onde quer que se esteja.

(extraído do livro "um a um - os poros da paisagem pólen".)

Um comentário:

  1. li várias vezes. me perdi na última frase porque vinha junto "o avesso do avesso do avesso do avesso". fiquei chocada com tudo (quase chorei, só não porque não sei mais): palavras e imagens decorrentes, principalmente as imagens decorrentes que se levantaram em mim.
    bj*!*bj
    IveSampa

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