Tudo está comprimido no pacote que trago nas mãos. E o que trago nas mãos fora o embrulho de mil folhas e volteios que embalam o quase nada de recheio? O que amarro no caminho ao dar meus passos pelos passos na calçada aqui sozinho?
Quilômetros de revoluta matéria. Quase etérea de tão vã. Quilos de descomunais esquinas dobradas vencidas ao desdobrar de um plano. Que menos o meu aviso o que veio o de que me avizinho quando ando pelos cantos pelas beiras sem nada querer encontrar.
Traço da noite e da incerta empresa de viver de seguir de completar esse existido estar.
(extraído do livro um mundo outro mundo)
descomunais esquinas
ResponderExcluirdobradas
vencidas
ao desdobrar de um plano
geometrias do ser
modos do estar
isa
KILOS E MAIS KILOS DE BAGAGEM, PESO PESADO.
ResponderExcluirDE TUDO ISSO QUANTO SE APROVEITA? E TEIMAMOS EM CARREGAR. AINDA ESTAMOS CAMELOS.
A VIDA PRECISA SER MAIS LEVE!
VERA.
Peço para você continuar revolvendo a sua, a minha, as nossas matérias.
ResponderExcluirVera Barrionuevo
Fico imaginando como seria este poema em ato de desenho, algumas imagens se formam mas são fugidias. Por quê? Revoluta, etéria e vã matéria. Como é difícil esse seu lindo ofício, Mara!
ResponderExcluirFico imaginando como seria este poema em ato de desenho, algumas imagens se formam mas são fugidias. Por quê? Revoluta, etéria e vã matéria. Como é difícil esse seu lindo ofício, Mara!
ResponderExcluirIveSampa/Logopeia