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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

nua descendo a escada ou a irmã de Igitur ou "a angústia da influência" ou o enigma traçado às traças


                                                                
                                                              Às traças
 Sigopéia desce a escada quarto adentro; e turvas as parentes quadros curvam a madeira mol dura de olhar. Mas pena dentro; dorme já? Pergunta seinda não? Pergunta seagora -- está dormindo, ocaso, está dormindo madrugada adentro? -- já pode grafar à pena o adentro?
Sigopéia deve continuar, passo branco, pernas brancas, brandas rondas, adornadas torneadas curvas pernas penas descem a escada e ir ladrilho a ladrilho cada degrau dela descendo a escada. E Sigopéia -- nem te ligo -- contínua descida ergue-se égua brancadentro adentro noite branca adentro. Sigopéia desce acorda torneando pelascada na nuit adentro -- dentre dentes -- escapole máscara -- máscada -- perdida enfim contínua descigopéia és cada afora...
Em si -- tornar-se si -- como descendo elacoplasse -- implacável. Sigopéia descendo a é (s) cada desenho de cenho de têmperas tropicais -- mas que belas letras! -- desce ela pela escada unha range o dedo  em ponta o corrimão descendo o pé escada planta após o pé. Primeiro os dedos, depois o resto, cada nome desce gesto agora tange o inverso.
Mas, que digo? -- de Sigopéia -- ela desce, mesmo que longa a escada, mesmo que de seda de ser a escada de Sigopéia (devo tornar-me alfabética para esclarecer do que trato?). E Sigopéia... traz amplas gotas de tédio, fartas de êxtase, farta de é’stá... sê! (já disse isso...?) e vai contente cumprir com lâminas o que são apenas lascas degrau, de sendo sentido senso.
E Sigopéia jamais abolirá -- conjura! -- o traseiro de redonda bunda, rotunda banda, então, ela rola em normes dúvidas: se a descida de é qua-se ou de eco a ação. Égua vã, mas devo tratar de Sigopéia (consigo péia?) consigo mesma.
(Esgarço as mangas, pondero em páginas: cada palavra vai depender do olho agudo ou da perspicácia de quem me lê -- será que pretensio?)
Ela se pergunta -- perfuta -- e refaz a descida a pé, ia não na estrada, antes na escada -- de sou cada -- de écada (francês?) Degrau.
E Riopéia (Sigobalda) borda nascente fosflorascende lâmpada’r’dentro de outro jardim. 
Mas Sigopéia desce a écada quarto adentro (“a” dentro, onde não há que dizer “a” de dentro num vão). Desce a escada desce, Sigo -- e vê se verás, veraquiagora sem “a” ou com “a”, severa já? Ver se verá severá demais -- de menos -- e nem se preocupa severão. Se(no)vão teler. Se... afinal, Sigopéia, cê vai descer ou não?
Te veio? Mas cedo, não? Veio nas pernas desceu pelas pernas as pernascadas que descem, mas tão-só até o telhado da solidão! Seu irmão, Igitur, imagine, também desce por entre as quantas salas, vela na mão, mas para ele nunca veio, não... (se eu o pego...) Ah, não vai mais ser solidão! -- Eh, Sigopéia, preocupa com isso, não!
(extraído do livro Babel, é claro - publicado em 2002.)

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