Às traças
Sigopéia desce a escada
quarto adentro; e turvas as parentes quadros curvam a madeira mol dura de
olhar. Mas pena dentro; dorme já? Pergunta seinda não? Pergunta seagora -- está
dormindo, ocaso, está dormindo madrugada adentro? -- já pode grafar à pena o
adentro?
Sigopéia deve continuar,
passo branco, pernas brancas, brandas rondas, adornadas torneadas curvas pernas
penas descem a escada e ir ladrilho a ladrilho cada degrau dela descendo a
escada. E Sigopéia -- nem te ligo -- contínua descida ergue-se égua
brancadentro adentro noite branca adentro. Sigopéia desce acorda torneando
pelascada na nuit adentro -- dentre
dentes -- escapole máscara -- máscada -- perdida enfim contínua descigopéia és
cada afora...
Em si -- tornar-se si --
como descendo elacoplasse -- implacável. Sigopéia descendo a é (s) cada desenho
de cenho de têmperas tropicais -- mas que belas letras! -- desce ela pela
escada unha range o dedo em ponta o
corrimão descendo o pé escada planta após o pé. Primeiro os dedos, depois o
resto, cada nome desce gesto agora tange o inverso.
Mas, que digo? -- de
Sigopéia -- ela desce, mesmo que longa a escada, mesmo que de seda de ser a
escada de Sigopéia (devo tornar-me alfabética para esclarecer do que trato?). E
Sigopéia... traz amplas gotas de tédio, fartas de êxtase, farta de é’stá... sê!
(já disse isso...?) e vai contente cumprir com lâminas o que são apenas lascas
degrau, de sendo sentido senso.
E Sigopéia jamais
abolirá -- conjura! -- o traseiro de redonda bunda, rotunda banda, então, ela
rola em normes dúvidas: se a descida de é qua-se ou de eco a ação. Égua vã, mas
devo tratar de Sigopéia (consigo péia?) consigo mesma.
(Esgarço as mangas,
pondero em páginas: cada palavra vai depender do olho agudo ou da perspicácia
de quem me lê -- será que pretensio?)
Ela se pergunta --
perfuta -- e refaz a descida a pé, ia não na estrada, antes na escada -- de sou
cada -- de écada (francês?) Degrau.
E Riopéia (Sigobalda)
borda nascente fosflorascende lâmpada’r’dentro de outro jardim.
Mas Sigopéia desce a
écada quarto adentro (“a” dentro, onde não há que dizer “a” de dentro num vão).
Desce a escada desce, Sigo -- e vê se verás, veraquiagora sem “a” ou com “a”,
severa já? Ver se verá severá demais -- de menos -- e nem se preocupa severão.
Se(no)vão teler. Se... afinal, Sigopéia, cê vai descer ou não?
Te veio? Mas cedo, não?
Veio nas pernas desceu pelas pernas as pernascadas que descem, mas tão-só até o
telhado da solidão! Seu irmão, Igitur, imagine, também desce por entre as
quantas salas, vela na mão, mas para ele nunca veio, não... (se eu o pego...)
Ah, não vai mais ser solidão! -- Eh, Sigopéia, preocupa com isso, não!
(extraído do livro Babel, é claro - publicado em 2002.)
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