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domingo, 19 de janeiro de 2014

algo de nenhum



Eu fazia luz num canto mas estava escondido. Eu fazia ali a luz por mim clara energia mas era invisível. Eu fazia ali no gotejar da onda partícula que não existia. Mas não existia. Tudo passava por mim. Eu era éter. Tudo passava por mim. Eu era pura matéria encontrada de luz caldo de um algo que não se traduz que não se esgota que nunca deixa de estar ali ali onde nenhum olho jamais se deita. Esquina vazia. Quebra do átimo. Eu fazia ali a luz de um canto comensurável mas não existia. Vaga fantasma força do eco. Camada lavada levada pela pura pela pura pura transparente maneira de passar pela existência sem nunca chegar a ser nada. Algo porém havia ali. Mesmo porque dele se diz se disse que era nenhum. E já que nenhum ali havia algo de nenhum ali se podia dizer que existia.

extraído do livro 'um a um - os poros da paisagem pólen'.

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