Eu
fazia luz num canto mas estava escondido. Eu fazia ali a luz por mim clara
energia mas era invisível. Eu fazia ali no gotejar da onda partícula que não
existia. Mas não existia. Tudo passava por mim. Eu era éter. Tudo passava por
mim. Eu era pura matéria encontrada de luz caldo de um algo que não se traduz
que não se esgota que nunca deixa de estar ali ali onde nenhum olho jamais se
deita. Esquina vazia. Quebra do átimo. Eu fazia ali a luz de um canto
comensurável mas não existia. Vaga fantasma força do eco. Camada lavada levada
pela pura pela pura pura transparente maneira de passar pela existência sem
nunca chegar a ser nada. Algo porém havia ali. Mesmo porque dele se diz se
disse que era nenhum. E já que nenhum ali havia algo de nenhum ali se podia dizer
que existia.
extraído do livro 'um a um - os poros da paisagem pólen'.
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