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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

eu



Eu. Esta que diz eu. Ir do eu ao longe algures. Espargida pela paisagem. Nada mais do que pontos indiscerníveis no horizonte. Eu. Esta que diz eu. Que diz eu ao longe. Donde horizonte que se espraia donde horizonte que se avista. Donde horizonte horizonte. Algo longe de mi algo longe daqui. Esta que se diz aqui diz só de ser nada mais que a que não abriga mais nem o horizonte. Porque diz tão longe tão discrepantemente longe que diz de onde mais nem o horizonte. Nem linha nem de um ali nem de um lugar nem de um que diga eu esta ou o que quer que seja isto que daqui se erige para dizer que nem abriga nem se esconde para dizer pela última vez dizer que se diz eu não diz mais daqui nem de nenhum outro nem diz de um onde.

(extraído do livro "um a um - os poros da paisagem pólen".)

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