Nem sempre é o melhor a fazer. O fazer. Quase braço onde
um caldo se começa a entornar. Nem sempre há o que fazer. Só ficar sentado
sentindo a dor insuportável o como que bafo do abismo. Não como o calmo que
avança. Mas como o mar que se levanta. Mesmo que areia mesmo que fumaça. Mesmo
que nada do que se possa pensar faça efeito. Mesmo que nada do que se possa
abrir mão faça efeito.
Nem sempre há o que fazer no que é passível sentir ou
ver. Nem sempre é possível ver ou sentir o que está ali ou mais tarde num outro
horizonte. Mesmo que faça sentido nem sempre faz sentido permanecer agindo
daquele modo. Nem sempre encontrar um jeito no fora do jeito no lugar quieto no
que não se pode calcular de errante.
Fazer as pazes com um sentido andar de modo amigo. Recalcular
a rota. Ou voltar as costas para o que é possível. Partir do antigo. Explodir
todo o futuro previsto. Tudo estragado fora do frasco tudo deitado ao chão.
Nem sempre há o que fazer nem deixar de fazer. A maior
parte do tempo o que segue da gente é um conjunto de membros montados em carne
em ossos um conjunto que vai sendo a gente enquanto a gente arranja coragem
para seguir adiante.
Às vezes não é uma questão de tempo nem uma estada
distante. Às vezes é encontrar o próprio corpo num requebrar desconcertante. Às
vezes não é uma questão de encontro ou de construção. Às vezes é só uma questão
de tom.
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