pelos telhados andam os gatos
as sombras pegadas em degraus
de paredes
à luz de mercúrio da cidade
à noite
acendem-se as lâmpadas nas janelas
silêncio
pelos telhados andam os gatos
o silêncio da noite
no burburinho das casas
os gatos
telhados
as sombras
lâmpadas
o burburinho
silêncio nos olhos nos ouvidos nos sentidos
apagam-se as luzes acendem-se as luzes
clareia o dia anoitece de novo
o andar macio das pernas astutas
deixa pegadas as suas sombras
miandam miandam
param
param
olhos de espreita a sombra dos gatos
silêncio
Que beleza, que sensível, que visual, Mara! E você capta muito bem o silêncio significativo do gato: "silêncio nos olhos nos ouvidos nos sentidos". É um silêncio pleno de coisas e observações e movimentos de orelhas, maior barato. E de repente dá um salto e sai correndo...
ResponderExcluirISam