Síncope dos
pequenos dias. Vou contar todos os presságios que tive antes de dar o primeiro
passo. Síncope das noites encapsuladas das nuvens mal-paridas das estradas
mal-encontradas mal-assombradas por pessoas vivas.
Era de um antever
toda a sombra que eu via. A longa vista longa longa longitude aquelatude
paralelas margens rodovias. E linhas interrompidas e contínuas a seguir
infinitas. E o horizonte ao longe do olho. E ao lado do rosto e ao lado ao
lado. E isso era uma antevisão do que realmente eu ia.
Começava pelo
degrau da porta de casa, atravessava o jardim. Ia por pedras ia pequeno.
Depois, era ganhar num passo a calçada. Esse era um pelo menos início. Mas
antes de chegar à guia antes de descer no asfalto já toda chuva de agulhas me
atingia e sem mais um passo adiante eu estacava. Recuava. Recuava. Voltava ao
jardim subia de ré o degrau cerrava a porta dava duas voltas inteiras na chave.
Era sempre assim
que eu começava. E nunca era para mim difícil ir à padaria, ao mercado, à praça
próxima à quitanda. Nunca era para mim impossível conquistar esquinas e ruas
alcançar longas distâncias. Desde que me assegurasse de que não tinha ainda
dado início àquela jornada.
(extraído de um mundo outro mundo.)
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