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domingo, 24 de agosto de 2014

ritmo



Sigo ser dessa vida vaga de quem vai no ritmo. Um ritmo caudaloso viscoso esmero de quem vai no ritmo. Um ritmo de quem respira sabe que respira onde respira com que parte do corpo respira. Um ritmo ritmo que ritma e insta o pouco saber um quase que só reconhecer.
Mas me perco sobre sempre. E sigo ser dessa vida vaga de quem vai no ritmo.  E do ritmo alavanca arranca motor de ataque clave contraclaque que instaura a respiração de um que vai de um que vem de um que não tem por onde acaba que pressagia a presença de um não invocado ritmo. Respiração rumor de células rumor de rastros rumor de rasgos largos.
Sigo ser dessa vida vasta de quem cai - de quem sai – de quem vai sempre ser um que sai do ritmo.

(extraído do livro "um a um - os poros da paisagem pólen".)

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