Sigo ser
dessa vida vaga de quem vai no ritmo. Um ritmo caudaloso viscoso esmero de quem
vai no ritmo. Um ritmo de quem respira sabe que respira onde respira com que
parte do corpo respira. Um ritmo ritmo que ritma e insta o pouco saber um quase
que só reconhecer.
Mas me
perco sobre sempre. E sigo ser dessa vida vaga de quem vai no ritmo. E do ritmo alavanca arranca motor de ataque
clave contraclaque que instaura a respiração de um que vai de um que vem de um que
não tem por onde acaba que pressagia a presença de um não invocado ritmo. Respiração
rumor de células rumor de rastros rumor de rasgos largos.
Sigo ser
dessa vida vasta de quem cai - de quem sai – de quem vai sempre ser um que sai do
ritmo.
(extraído do livro "um a um - os poros da paisagem pólen".)
Nenhum comentário:
Postar um comentário