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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

semente



Soltar as mãos do futuro. Desprender-se do passado.
Ser a semente tardia. Turgivoraz. Turbilhonante que não se exaure no movimento e que se expande. Ser o que fica sempre implícito. Ser o que é sempre tomado como equívoco. O que não diz a que veio porque não aqui veio a nada que se diga veio.
Ser a semente que se implica, sem necessariamente ser um corpo ainda que se exponha por meio do corpo. Ser a semente complexa que não aumenta em volume mas torna tudo a vertigem da matéria.
Ser a semente que se expressa no que chamam o ainda sem nome no que se convoca no ainda sem rumo no que já morde e não se dissimula.
Ser a semente do que tomam como sendo sempre o obscuro.

(extraído do livro "onde houver vida a vida haverá de vingar".)

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