Punha a
mão repetidas vezes no nó da gravata. Estirava o pescoço. Hirta a cabeça hirtos
os pelos da barba. Passava a água. A água pela garganta aplicava-lhe um golpe
de faca. Gume de faca cravado no pomo cortava-lhe a glote e a língua.
Mais um
dia e ele não dissera nada. Só passara a mão inúmeras vezes pelo nó da
garganta. Digo: da gravata.
(extraído do 'livro' "um a um - os poros da paisagem pólen".)
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