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quarta-feira, 29 de junho de 2016

o u ou o



Não é nada. Nem é nenhum. Mas de quase um chega a perto de pouca coisa.
Não é nada. Nem é nenhum. Mas dito assim por quem chega quase a ser ninguém é uma espécie de próximo do pouco.
Não é ar. Nem calmaria. Não é algo que se perceba nem que se possa definir.
Mas está aqui. É presente. Mesmo que o que cave seja a orla de um não estar o quase de um nunca chegar. O grau de um nem distar nem encruzilhar um que nem chega a ponto. Um quase vácuo uma espécie de quase nada que nem chega a nada nem chega perto de ser nenhum. Uma espécie de pouco com só o u vela do oco.

(extraído do 'livro' "um a um - os poros da paisagem pólen".)

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