Nobreza de fugir para sempre. Para sempre perder. Para
sempre fracassar. Para sempre estar retido na rede repetindo o abismo do mesmo
momento. A mesma circunstância o mesmo evento deitado ao longo de todos os
outros eventos. Nobreza da baixeza de estar preso rebaixado à ferida à marca.
Janela trespassada que continua impedindo o movimento. Da força. Do vento. Do
grito. Do sangue correndo. Baixeza da paralisia. O que eu posso se não estar
preso à esfera vazia. Uivo de noite corcunda. Oposto do óvulo que se fecunda. O
que posso se não estar atado sem nada poder contra o pensamento imagem a
conclusão a partir de um lapso. O pensamento imagem a fantasmagoria. O que é
que eu posso contra o que em mim se arma sem mim?
(extraído do 'livro' "afeto confesso")
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