Viajar pelo avesso. Pelas ondas ocupadas desde o começo.
Viajar sem futuro. Sem que se perca o presente no obscuro. Viajar coisa simples
que ninguém ainda tentou. Há os que apostam no paralelo. No múltiplo. Nas
dimensões variadas. Mas não. Trata-se sempre daqui mesmo. Ondas ocupadas desde
o começo. Os que vivem à sombra. Os que acendem as lâmpadas de dia. Os que
escrevem à noite. Os que grafam as mais raras sinfonias. Trata-se sempre daqui.
Trata-se sempre do aparente mesmo. Nada que se finde nada de começo. Ondas
ocupadas desde o avesso. Viajar coisa simples coisa rara que se faz a toda
hora. Só que não vemos.
(extraído do 'livro' "afeto confesso".)
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