Era uma
parede de números incalculados. Era fria. De azulejos anotados até o teto.
Azulejos preenchidos pelos números visíveis pelos números escritos manuscritos.
Azulejos anotados anotados. Números finitos. Mas ali indicados pareciam nada
menos que inúteis e frios escrevidos lado a lado circunscritos pelo dentro de
quadrados. Paredes e paredes preenchidas à exaustão. Andares e andares anotados.
Números inscritos pelo traço de uma mão.
Subíamos
as escadas. Subíamos um a um degraus com números inscritos em cada vão. E nas
paredes que seguiam desde o chão até o teto. Subíamos subíamos por degraus
escorregadios. Também eles com números anotados. Andávamos em círculo mas subíamos.
E ao seguir tudo o que víamos eram números algo parecido a um sem fim a um
muito próximo do infinito uma espiral de números insertos por todo lado.
Eram
paredes curvas e subir era perder o piso perder o solo perder o juízo ao ter
aos pés diante dos olhos por todos os lados o traçado infindo de fileiras e
fileiras inúmeras fileiras de números desenhados. Era um círculo. Era um índice
de um fim seguir olhando para cima para baixo seguir lendo números parecidos
com o infinito números e números e números e números perfilados.
(extraído do 'livro' "um a um - os poros da paisagem pólen".)
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