O peito
estufava a camisa. E estava longe. Longe do horizonte. Longe da vigília. Longe
da janela. Longe longe de toda linha. Estava naquele momento em que não há
nenhum momento. Estava naquele encruzilhar em que de modo algum se pode chegar
sem chegar. Estava ali sem que ali estivesse. Sem que lá fosse algum uma
quimera de alguém. Nenhum horizonte e a larga. A fenda do que ruge a vir. Rumor
de cores de ares de tremores. E era um arco a paisagem música. Dobra sombra
nova novo ar. Uma camada do longínquo do agora do ubíquo de que não há nenhum
falar. Do que nada mais se diga sem que seja alvitre. Do que tudo insta urge
vibra. Do que tudo fibra.
(extraído do 'livro' "onde houver vida a vida haverá de vingar".)
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