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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

enfunar de camisa



O peito estufava a camisa. E estava longe. Longe do horizonte. Longe da vigília. Longe da janela. Longe longe de toda linha. Estava naquele momento em que não há nenhum momento. Estava naquele encruzilhar em que de modo algum se pode chegar sem chegar. Estava ali sem que ali estivesse. Sem que lá fosse algum uma quimera de alguém. Nenhum horizonte e a larga. A fenda do que ruge a vir. Rumor de cores de ares de tremores. E era um arco a paisagem música. Dobra sombra nova novo ar. Uma camada do longínquo do agora do ubíquo de que não há nenhum falar. Do que nada mais se diga sem que seja alvitre. Do que tudo insta urge vibra. Do que tudo fibra.

(extraído do 'livro' "onde houver vida a vida haverá de vingar".)

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