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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

solo



Sozinho. Desacompanhado. Sem ninguém por perto. Nem sequer ao lado. Sozinho. Isolado. Só um canto escuro. Pouco iluminado. Nem um abajur. Nem uma janela. Um completo quadrado. Sem saída acima. Sem um alçapão. Sem andar embaixo. Um completo escuro. Nem uma cadeira. Nem vi passar o rato. Um completo solo. Um completo incompleto. Um inexplicável solo. Sem nem um som por perto. Nem o que sai de dentro. Nem o sangue escorre. Nem o ar mais entra. Um completo solo. Encontrado de lado. Sem sequer um nome. Sem nenhum passado. Um completo solo. Nem sequer tocado.

(extraído do 'livro' "um a um - os poros da paisagem pólen".)

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