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quarta-feira, 18 de abril de 2012

déjà vires

      Ainda havia olhos ali. Quanto pétalas de conchas úmidas quanto máscaras de tombos. E era o que devia vir. O que de ausência quase roxa constelava o que sair. Ainda havia olhos de olhar. Olhos de plausir o em que os olhos podiam pousar. Havia olhos de déjà vu. Como no jardim ou então na ante sala. Como na estrada em que esteve há muitos anos como na passagem.  
     Toda ventania daquele sentir lhe agarrava os poros como as ventosas são usadas pelos tentáculos do polvo. 
     Ele não era mais seu. Dos seus dedos não se podia mais extrair impressões dígitas. Ele fora trazido ali ainda não se explica como.  
     E estava naquele lugar em que não se sabe até hoje se se havia como habitar. Ele era o hoje com todos os passados pelo futuro arremessados naquelas paredes por seus braços por todos os lados.  
      E estava sozinho ali e tudo estava quieto naquele enquanto que engolia todos os enquantos.
(extraído do livro onde houver vida a vida haverá de vingar.)

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