Hoje,
esbarrei na eternidade ao ver minha avó rir em mim. O riso balançado e não
contido. O riso espremido de ombros sacudindo. Riso gargalhado no silêncio da
alegria do que o fez rido.
Hoje, nas
minhas entranhas, novamente encontrei minha avó, morta havia anos. O riso dela,
o que era nela, o senti vibrado na gargalhada dada que eu dei. E habitei o que
ela era, o que a fazia rir assim. E talvez por isso tenha encontrado um laivo
da eternidade que sempre escapa.
Hoje,
esbarrei na eternidade no gesto expresso do meu corpo o gesto de outro corpo
que a detinha – que a detém.
E me fez aparecer a Vó Olímpia...
ResponderExcluirVera Barrionuevo
Lindo! Saudades da minha avó! bj Thaís M. Rayel
ResponderExcluirMara,
ResponderExcluirO fascínio de experimentar a eternidade!
já consegui vivê-lo algumas vezes. Lindo.
Beijos
Izilda França
E me fez aparecer a vó Aurora, minha eterna criança. Que texto, que texto, Mara!
ResponderExcluirIvSam